A possibilidade de uma sanção vinda de outro país é vista com bons olhos. Dallagnol refuta a acusação de "complexo de vira-lata" dada ao Brasil ao buscar auxílio externo para lidar com os abusos, especialmente vindos do ministro Alexandre de Moraes, já que hoje em dia "a justiça é cada vez mais global", segundo ele. "Qualquer país que possa aplicar sanções legítimas contra violações e direitos humanos deve fazer e nós devemos defender que o façam", destaca o comentarista.
Neste mesmo sentido, o advogado André Marsiglia reconheceu que os Estados Unidos passaram a ser um "ator externo político relevante" dentro do que ele descreve como o "caos jurídico" no Brasil. Ele ainda observou que o debate sobre sanções externas, antes considerado uma "fantasia de bolsonaristas", virou uma realidade. E que a visita do representante americano, tendo ou não como foco principal o ministro Alexandre de Moraes, não muda o fato de que os Estados Unidos já estão de olho nos abusos do ministro há tempos.
"Se é para sancionar (Moraes), essa sanção vai acontecer independente de ser verdadeira ou não a notícia de que ele (David Gamble) veio para isso. Estamos tratando aqui de uma visita, mas a sanção a autoridades brasileiras não é dependente exclusivamente dela", pontua.
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Fonte; Gazeta do Povo